segunda-feira, 11 de agosto de 2014



Gastos chegam a R$ 772 mil e arrecadação fica em R$ 81,1 mil

Candidatos de Araraquara dizem que estão colocando bloco na rua na base do ?pendura?


Colaboração
Cabos eleitorais de João Farias durante agito de campanha na praça Santa Cruz, anteontem
Os dez candidatos da microrregião de Araraquara que disputam vagas à Assembleia Legislativa e à Câmara Federal estão colocando o bloco na rua, até agora, na base do fiado, literalmente.
É o que revela dados da primeira prestação de contas oficial feita pelos postulantes e divulgados ontem pelo TSE (Tribunal Superior Eleitoral). Juntos, os candidatos da cidade declaram que já gastaram R$ 772,3 mil, mas que arrecadaram apenas R$ 81,1 mil no primeiro mês de campanha.
Somente a candidata a deputada estadual Márcia Lia (PT) informou à Justiça Eleitoral, na primeira parcial da prestação de contas, um gasto na ordem de R$ 535,6 mil, enquanto diz ter recebido em doações R$ 2,2 mil. O “investimento” da petista, sozinha, é duas vezes maior que o total somado dos demais candidatos, que chega R$ 236,7 mil.
Mas além da candidata, Adauto Scardoelli (PT), Edna Martins (PV), João Farias (PRB), Paulo Maranata (PSB), Roberto Massafera (PSDB) e Willian Affonso (PDT) também engrossam a lista dos que estão se rendendo ao “pendura”.
Entre aqueles mais contidos, o estadual Moacir de Freitas (PPL) gastou somente aquilo que arrecadou. Já Walter Miranda (PSTU) apareceu com saldo positivo na lista do TSE.
A candidata a deputada estadual Salete Moralles (PTB) não prestou contas ao TSE.
Pouca arrecadação 
Os candidatos são unânimes ao classificar que os números modestos têm a ver com o momento da campanha, que tende a emplacar somente após o início da propaganda eleitoral gratuita no rádio e na televisão.

Para João Farias, candidato a deputado federal, esse é um problema geral e todos os candidatos estão enfrentando dificuldades para arrecadar. “A campanha não começou ainda, efetivamente não se sente o clima pelas ruas”, afirma.
Já Moacir de Freitas, postulante a estadual, credita a baixa 
arrecadação ao receio de empresários e pessoas físicas de contribuir com a campanha diante da crise econômica. “Tem muitos empresários reclamando da economia”, diz.

De acordo com o candidato a deputado federal Willian Affonso, os recursos de sua campanha estão vindo de parentes e de seu próprio bolso.
“O único empresário que procurei para me ajudar disse que não tinha condições. O maiores acabam ajudando aqueles que já são deputados. Acredito que se houvesse uma pesquisa e meu nome aparecesse em primeiro, eles me procurariam oferecendo doações”, afirma.
O estadual Paulo Maranata diz que grande parte de suas arrecadações vem de empresários da cidade e pessoas físicas.
“Está sendo uma campanha muito difícil, esperamos que com o decorrer da campanha possa ter um aumento de arrecadação para poder fazer mais coisas, porém, a dificuldade econômica vem prejudicando as campanhas”, afirma.
O deputado estadual Roberto Massafera, candidato à reeleição, afirma que já gastou em sua campanha pouco mais de R$ 17,5 mil em serviços contratados para campanha com pagamentos a prazo.
Segundo a assessoria do tucano, até o momento nada foi arrecadado, mas acredita que as doações de fato só devem ser executadas a partir de agora, quando a campanha começa a ganhar volume nas ruas.
Segundo a assessoria da candidata a federal Edna Martins, as questões feitas pela reportagem seriam respondidas por e-mail, mas até as 23h de ontem o material não foi encaminhado.

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