terça-feira, 29 de julho de 2014

Em meio a terceirização, CTA contrata motorista concursado

Diretoria da empresa diz que admissões são necessárias porque processo de privatização exige longo caminho ainda


Arquivo/Tribuna Impressa
Segundo Márcio Santos, diretor da empresa, existe a necessidade das contratações, e a empresa não pode abrir mão
Em meio ao turbulento processo de terceirização, a CTA (Companhia Tróleibus Araraquara) homologou ontem o concurso para a contratação de dez motoristas.
O processo seletivo para a admissão dos novos funcionários foi iniciado em maio, dias depois da aprovação, pelo Conselho da empresa, da concessão de todas as linhas urbanas à iniciativa privada.
Foram classificados 20 motoristas para a próxima fase e a previsão é iniciar a chamada nos próximos dias.
Restaria, portanto somente a convocação dos selecionados e consolidação das contratações.
Desde o anúncio da privatização, o futuro dos funcionários efetivos tem sido motivo de grande debate e principal trunfo dos opositores da proposta. Mesmo após a diretoria firmar um TAC (termo de ajustamento de conduta) com o Ministério Público visando a garantia das indenizações de todos os trabalhadores, o clima ainda é de insegurança.
Atualmente, a CTA conta com 570 funcionários, sendo 256 motoristas e 170 cobradores. Os demais fazem parte da administração e da oficina.
Apesar da pressa dos dirigentes e acionistas, ainda não há previsão de uma nova audiência pública, exigência do processo de terceirização. A primeira, marcada para a sexta-feira da semana retrasada, foi barrada por manifestantes contra a privatização.
De qualquer forma, o prazo estipulado por eles é que mesmo com o cancelamento da primeira tentativa, o prazo final para a privatização seja maio do ano que vem.
Demanda 
O diretor administrativo da CTA, Márcio Santos, acredita que, apesar de o processo de terceirização estar em curso, ele é longo e a empresa enfrenta a falta de motoristas. O concurso público seria apenas um instrumento legal para as contratações.

“Não houve concurso público antes, pois havia uma lista anterior e foi preciso esgotá-la”, justifica.
Santos defende ainda que a contratação de novos motoristas é natural neste período.
“Em períodos de safra, alguns trabalhadores acabam migrando e há pedidos de demissão”.
Para ele, a demanda existe e é preciso mais trabalhadores para suprir as necessidades da companhia. Neste momento, é inviável abrir mão deste processo seletivo.
“Se não houver as contratações, ficaremos com o quadro reduzido e vão faltar motoristas.”
Por meio da Secretaria de Comunicação, a Prefeitura, principal acionista da empresa, também classificou o processo seletivo como necessário. (colaborou Walter Strozzi).

Nenhum comentário:

Postar um comentário