quinta-feira, 20 de agosto de 2015


O antes e o depois de Buchechinha
Volta à base do Governo na Câmara e mudanças de opinião geraram críticas da população ao vereador



Mudou Buchechinha voltou novamente para a base do Governo

Por oito meses, em 2013, Rodrigo Buchechinha (SDD) integrou a base de Marcelo Barbieri (PMDB) e ajudou na ‘defesa’ do Governo na Câmara. Daquele ano até a semana passada, o vereador figurou entre a “independência” e a oposição e endureceu o discurso contra a administração e os vereadores aliados. Na terça-feira, ele anunciou a volta à base.

O vai e vem de Buchechinha repercutiu durante toda a semana e fez com que o parlamentar recebesse críticas pelas redes sociais. Segundo ele, a decisão segue ordem nacional do Solidariedade, que não quer o partido se alinhando com o PT.

Nesta página, a Tribuna publica algumas frases de Buchechinha prestes a assumir o mandato e nas sessões ‘polêmicas’ deste ano. A mudança de visão do cenário político é clara.

‘Nada de errado’ - Perguntado sobre as trocas de lado, Buchechinha diz que apenas seguiu a ordem do partido. “Quando o PR me orientou, no passado, não obedeci e fui retaliado. Agora, resolvi obedecer ao partido”, diz. “Cada um tem o direito de criticar e apoiar. Não estou fazendo nada de errado.”

Entre os vereadores de oposição, o sentimento é de que Buchechinha sai perdendo no episódio. “Uma coisa é a decisão do partido, outra é voltar para a base do Governo. Ele fica sem uma posição política com os eleitores e se fragiliza como agente político. Essa instabilidade gera insatisfação na população”, disse Donizete Simioni, líder do PT, na terça-feira.

No meio político, fica a expectativa para ver qual será o comportamento do vereador, agora novamente entre os colegas aliados a Barbieri — que o convidou para a reunião da base de amanhã. Haverá nova mudança de discurso? Eis a questão.

Frases do vereador

“O que for melhor vou fazer, sem ficar atirando pedras em um ou outro. A política está acima de partidos.” (dez/2012)

“Na política, aos dois lados não vou agradar. E, antes que você [repórter] me pergunte, não sou oposição nem situação.” (dez/2012)

“Fico pensando: se algum dos vereadores da base tivesse feito esse projeto [que proibia uso de logomarcas pelo Governo], será que seria vetado? Creio eu que não. Será que essa é a nova política que nós queremos? Será que esse é o caminho, uma ordem do Governo, de um prefeito? No ano que vem, tem eleição. Se eu votasse a favor do veto, teria vergonha de pedir voto na rua.” (12/5/2015)

“Comer ovo, alface, frango, aumentou [o custo]. Aumentou o IPTU, aumentou a água. Por que 4% [de reajuste aos servidores]? Está difícil? Está difícil para todos os lados. Essas pessoas que trabalham merecem respeito por parte da Prefeitura. Cortem-se as coisas supérfluas.” (19/5/2015)

“A proposta que faço é que os vereadores que têm cargos abram mão. Sejam igual a gente: Donizete Simioni, Édio Lopes, Gabriela Palombo, Juliana Damus, Lapena, João e eu não temos cargos. Os partidos dos senhores têm cargos e os senhores sabem disso.” (19/5/2015)

“A política funciona assim: se está com o Governo, os seus pedidos andam. Se não está, o seu pedido é engavetado. Esse vício continua no Brasil e na nossa Araraquara.” (2/6/2015)

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