Agência estuda novo aumento no valor da conta de água
Ares-PCJ marcou audiência pública, no dia 3, para discutir "revisão extraordinária" da tarifa
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Dificuldade O superintendente do Daae, Guilherme Soares, na Câmara; situação financeira é delicada
Um novo aumento na conta de água do araraquarense pode vir até o fim do ano. A Ares-PCJ (Agência Reguladora dos Serviços de Saneamento dos Rios Piracicaba, Capivari e Jundiaí), agência reguladora do Daae (Departamento Autônomo de Água e Esgotos), marcou audiência pública para “apresentação da revisão extraordinária das tarifas de água e esgoto”.
O evento será no Centro Internacional de Convenção “Dr. Nelson Barbieri”, no próximo dia 3 de setembro, das 19h às 21h. Toda a população está convidada. (veja trechos do aviso nesta página)
Algo parecido ocorreu no início do ano. Uma audiência foi feita em fevereiro, quando a empresa apresentou o reajuste de 7,14% no tratamento da água e a elevação custo do esgoto de 80% para 100% da água. O aumento foi aplicado em maio.
Ontem, a oposição ao Governo demonstrou insatisfação com a medida, que foi anunciada um dia após o superintendente do Daae, Guilherme Ferreira Soares, dar explicações na sessão da Câmara. “Esperaram a reunião para publicar. Tem que segurar, fazer ajuste na máquina, reduzir os custos. A população já está muito penalizada e deve participar da audiência”, diz o líder do PT, Donizete Simioni.
João Farias (PRB) vai mais além: afirma que isso mostra uma “falta de respeito que o Governo tem com a Câmara”. “A gente passa quatro horas em reunião para, no dia seguinte, marcarem audiência para discutir aumento. É uma aberração.”
Ele ainda diz que os integrantes da base do Governo foram tratados como “vereadores-fantoches”, pois não sabiam da intenção do aumento na conta. “Se eu fosse da base, teria vergonha. É uma saia justa”, diz Farias.
‘Eventual’ - Em ENTREVISTA
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“Ainda não é certo. Em dez dias, teremos um conteúdo específico sobre a audiência, um parecer consolidado. Elementos a gente tem [para o reajuste]. Mas, se for um porcentual pequeno, dá para segurar.”
Oliveira afirma que o aumento da energia elétrica e o dólar perto dos R$ 3,50 seriam motivos para o reajuste da água. “Os componentes químicos usados são commodities internacionais e ficam mais caros.”
Torcida - Em nome da Prefeitura, o secretário de Governo, Aluisio Braz (PMDB), o Boi, diz que vai “torcer” para que não haja novo aumento. “O prefeito Marcelo Barbieri [PMDB] também defende que não haja aumento, mas não compete mais a ele.”
Braz pondera que “Araraquara não é uma ilha” e os aumentos na energia elétrica “arrebentam” o orçamento do Daae.
Superintendente expôs dificuldades no Daae - O superintendente do Daae, Guilherme Ferreira Soares, descartou qualquer possibilidade de privatização da autarquia, na sessão da Câmara de anteontem. “Ninguém quer jogar em time que vai para a segunda divisão. Não existe essa possibilidade.” Ele ainda disse que os serviços passados ao Daae, como limpeza de praças, estão causando R$ 350 mil de déficit por mês, o que levou a uma série de contenção de despesas. Em sua fala, o presidente da Câmara, Elias Chediek (PMDB), opinou que “seria um suicídio” privatizar o Daae. “Precisam da Câmara para isso ocorrer e não tem um vereador que queira privatizar”, garantiu.
Aviso à população - Trechos do aviso publicado ontem pela agência reguladora na imprensa de Araraquara, em letras miúdas, reproduzido pela ‘Tribuna’. As frases em vermelho foram sublinhadas pela reportagem.
Fonte: 09h05 | 20/08/2015
Araraquara.com / Celso Luís Gallo
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