quinta-feira, 12 de junho de 2014
terça-feira, 10 de junho de 2014
Ação conjunta com as prefeituras e estados Financiamento de equipamentos ou a manutenção de um programa, por meio da aplicação de uma “metodologia de atenção à juventude” ou uma “tecnologia de desenvolvimento de política de atendimento dos direitos da juventude” com perspectiva de continuidade
e desdobramentos. O Programa Estação Juventude se propõe contribuir para a consolidação da Política Nacional de Juventude nos municípios e estados brasileiros, impulsionando a criação de espaços institucionais de juventude no âmbito do Poder Executivo e na forma de conselhos municipais e estaduais.
"O protagonismo da juventude é essencial para o desenvolvimento econômico e social do país".
Os jovens, visando conquistar estes três objetivos:
1. Políticas Públicas de Juventude como Política de Estado;
2. Participação para Fortalecimento da Política Nacional de Juventude;
3. Políticas Públicas de Juventude fazendo diferença para a juventude brasileira.
Quanto maior a credibilidade de quem se envolve nesse tipo de
ação, maior será a atenção da sociedade aos resultados apresentados.
Não basta que conheçamos as regras do país e as especificidades regimentais dos parlamentos que acompanhamos.
Existe algo fundamental associado à nossa cultura política.
Uma delas está relacionada à separação entre situação e oposição
no Legislativo.
domingo, 8 de junho de 2014
Desmatamento da Mata Atlântica prejudica abastecimento de água das cidades.
Divulgado na semana passada, um levantamento produzido pela SOS Mata Atlântica e pelo Inpe (Instituto de Pesquisa Especiais) mostrou um aumento na taxa de desmatamento da Mata Atlântica de 9% em um ano.
O resultado confirmou uma reversão da tendência de queda no desmatamento que vinha desde os anos 1990. Desde 2010, houve a taxa de desmatamento cresceu 70% –de 14.090 para 23.948 hectares.
A Mata Atlântica é o bioma presente nas regiões mais populosas do país –ele abrange cerca de 60% de toda a população brasileira (118 milhões de habitantes) em 3.284 municípios, incluindo as principais metrópoles do país.
Com tudo isso, a Mata Atlântica é o bioma que mais sofre o impacto da população, assim como o mais importante para o dia a dia das cidades.
ÁGUAS
A ambientalista Miriam Prochnow, da Associação de Preservação do Meio Ambiente e da Vida (Apremavi), pré-candidata da REDE a governadora de Santa Catarina, diz que o principal impacto do desmatamento da Mata Atlântica é a falta de água nas cidades.
“São Paulo está mostrando isso com muita clareza, a falta de água na Cantareira e em todas as bacias há muito vem sendo denunciada o desmatamento do entorno dessas represas”, diz.”Não é só a existência, a quantidade, mas a qualidade que a Mata Atlântica oferece para as cidades.”
Outro efeito é a contenção de chuvas, que evita desmoronamentos. ”Onde você tem florestas a água demora mais para chegar no caso de enxurrada ou de enchente. A floresta funciona como uma barreira.”
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Para ela, há três medidas devem ser tomadas imediatamente. ”Uma é a criação de novas unidades de conservação. Tem 30 estudos feitos da Mata Atlântica, que estão lá numa gaveta do governo federal, prontos para serem criados, que são importantes para a preservação da biodiversidade.”
A segunda é investir na restauração nas nascentes de rios e matas ciliares. E a terceira é reordenar as cidades para tirar a população de áreas de risco de enchentes.
“Aí você evita que cada ano o mesmo bairro esteja debaixo d’água, que cada ano você tenha que atender essa população. É muito mais barato reassenta esse pessoal.”
Miriam diz que o resultado da pesquisa não surpreende porque houve a inclusão de áreas como o sul do Piauí e áreas secas de Minas Gerais que antes não eram reconhecidas como Mata Atlântica.
“A gente tem visto um grande retrocesso ambiental nos últimos anos e a fiscalização é uma das que deixam a desejar”, afirma.
(Na foto de capa: imagem de satélite mostra área desmatada no sul do Piauí. Crédito: SOS Mata Atlântica/Inpe)
Hortas Urbanas: uma alternativa saudável em meio à selva de pedra.
Prédios, cinza, poluição, carros, buzinas, trânsito: um típico cenário urbano. Em meio a esse caos, há um crescente movimento nas grandes cidades pelo resgate de uma vida com hábitos mais saudáveis. Entre eles, está o cultivo e consumo de produtos orgânicos plantados nas chamadas hortas urbanas, geralmente uma adaptação de um espaço vazio ou mal utilizado – ainda mais quando se torna um depósito de lixo ou entulho- em um local de cultivo de verduras, legumes, frutas.
Apesar de não ser uma ideia nova –há registros de hortas em centros urbanos em países do norte da Europa durante a segunda metade do século XIX – todas elas têm um mesmo propósito: promover a integração com a comunidade, repensar o uso do espaço urbano e, principalmente, mudar o conceito de produção e logística dos alimentos, além de facilitar o acesso a produtos mais saudáveis e frescos.
A jornalista e ativista do coletivo ‘Hortelões Urbanos’ Claudia Visoni é uma das pessoas que aderiram a essa onda. Após pesquisar muito sobre questões ambientais, ela percebeu a necessidade do resgate da cultura do “manejo e contato com a terra de nossos ancestrais”. Em 2008, passou a cultivar uma horta em sua própria casa. “É um conhecimento da humanidade que precisa ser resgatado”, afirmou. Hoje, o grupo do qual faz parte reúne pouco mais de 3.500 pessoas que também cultivam em casa ou no bairro onde moram hortas das mais variadas formas e técnicas.
O resultado dessa conscientização tem aparecido em alguns locais da cidade de São Paulo como na Vila industrial, em Taboão da Serra, na Pompeia, Vila Beatriz e até mesmo em pleno centro empresarial da cidade, na chamada Praça do Ciclista na Avenida Paulista. “Qualquer pessoa pode por a mão na terra, plantar, colher e levar para casa aquilo que cultivou de graça”, resume Claudia.
Outra importante ação encabeçada pelo grupo foi o envio de uma proposta à prefeitura para que hortas comunitárias sejam implantadas em todos os bairros, escolas, parques e postos de saúde da cidade. “É uma solução simples para diminuir custos alimentares e melhorar o clima da cidade atenuando ilhas de calor. E é também uma alternativa gratuita de lazer, que aumenta a permeabilidade do solo, reduz as emissões de gases do efeito estufa (já que não há o transporte motorizado) e inaugura espaços práticos de educação ambiental”, finaliza Cláudia.
Se não tiver terra, plantaremos no telhado!
Em São Paulo, um shopping center teve uma ideia sustentável de como lidar com o lixo produzido diariamente, cerca de 600 kg e ter a sua própria horta urbana. O lixo orgânico da praça de alimentação somado ao que sobra da poda de plantas do shopping é levado a uma composteira no subsolo do prédio, essa mistura e processamento torna-se adubo que é todo utilizado na horta. O resultado disso são muitos pés de alface, quiabos, tomates, cidreiras, entre outras muitas variedades, que quando colhidas, são distribuídas entre os funcionários do shopping. Já levei pimenta, berinjela, fiz até lasanha para os meus colegas aqui do shopping”, revelou a auxiliar de compostagem, Miriam da Silva.
Hortas urbanas com responsabilidade social
Além dos benefícios já conhecidos de se ter uma horta por perto, a ONG ‘Cidades sem Fome’ vai além: o objetivo é promover a integração social de grupos vulneráveis utilizando como ferramenta de inclusão os trabalhos de horticultura, que também contribuem efetivamente na melhora da alimentação de crianças e adultos.
“Temos o caso do José, um senhor de cerca de 70 anos que estava desempregado há três e dependia da aposentadoria da mãe para sobreviver. A partir do aprendizado de técnicas e posteriormente o cultivo da própria horta e comercialização do que produzia, ele passou a ter uma renda média de 2.200 reais”, nos contou Hans Dieter Temp, idealizador do projeto.
A equipe de Hans oferece assistência a 21 hortas na periferia da zona leste paulistana onde trabalham 115 pessoas como agricultores urbanos. Com isso, a subsistência de pelo menos 650 pessoas está garantida. Além disso, outras 15 hortas foram implantadas em escolas públicas da região, onde 3.972 alunos participam das atividades do projeto Hortas Escolares – e o projeto já apresenta resultados comprovados da melhora da situação nutricional de milhares de crianças. “Usamos espaços públicos e privados que não são aproveitados, negociamos o uso deles um a um, e onde geralmente as pessoas descartam lixo, entulho, promovemos uma verdadeira revitalização da área com as hortas comunitárias” destaca Hans.
Outro ponto importante defendido pela ONG é o consumo local do que é produzido pelas hortas comunitárias. “A dieta da população local está baseada em arroz, feijão, farinha, refrigerante e alguma mistura, quando ela existe, com a horta, conseguimos mudar os hábitos alimentares de quem mora no entorno”, diz.
Saiba mais:
Além de São Paulo, as hortas urbanas ganharam o país. Veja mais alguns exemplos que deram certo e tem incentivado a comunidade local a ter uma vida mais saudável:
Horta Comunitária de Cosme Velho – Rio de Janeiro
Antes da implantação da horta, o cenário não era nada animador: um terreno baldio próximo à Praça São Judas Tadeu (zona sul da cidade) espantava as pessoas, cheirava mal, era banheiro de cachorros e gatos, havia muitos ratos entre outras pragas urbanas por ali.
Após duas grandes ações de conscientização no bairro, a primeira de combate à dengue e a outra contra cocôs de cachorro deixados por seus donos nas calçadas, foi sugerido pelos próprios moradores do entorno a revitalização da área, que teve início em abril de 2013 –sendo o terreno da prefeitura- e o mais interessante, foi acertado via redes sociais. Hoje, o que se vê por lá é um terreno limpo, organizado e a horta comunitária muito produtiva e variada “temos couve, beterraba, canteiro para chás e ervas, agora estamos plantamos batata doce, pimentão, já há vários tomatinhos, é uma hortiterapia para mim”, nos contou Sonia Rodrigues, responsável pela horta.
Horta Comunitária de Feira de Santana – Bahia
O Centro de Educação Básica da Universidade Estadual de Feira de Santana situado a 108 km da capital Salvador, teve uma ideia sustentável, promoveu um estímulo aos jovens a adotarem hábitos mais saudáveis. O trabalho -que foi árduo- consistiu na instalação de uma pirâmide que funciona como horta suspensa, uma horta com garrafas plásticas e uma mandala.
Além da conscientização por uma alimentação mais saudável, há também o zelo com o meio ambiente: foram utilizados cerca de 400 vasilhames retirados de locais próximos dali, abandonados pelas ruas e terrenos baldios. Em muitas dessas atividades, estudantes contam com o reforço dos pais. Além da horticultura dentro da escola, o objetivo do projeto é também fazer com que os alunos ampliem iniciativas semelhantes para outros locais públicos.
Bicicleta perde adeptos por falta de infraestrutura nas cidades.
De acordo com levantamentos feitos pelo Denatran (Departamento Nacional de Trânsito) em 2013, as regiões Centro-Oeste, Sudeste e Sul do Brasil possuem os números mais elevados de veículos automotores por habitante –média de um veículo para cada duas pessoas.
Dos 82 milhões de veículos existente no país, 25 milhões, ou 30%, estão no estado de São Paulo. Esses dados refletem diretamente na crise da mobilidade urbana em grandes cidades, fazendo com que parte da população dessas regiões já busque alternativas para fugir do trânsito, unindo mobilidade, meio ambiente e sustentabilidade.
Segundo Gabriel Di Pierro, diretor da Associação dos Ciclistas Urbanos de São Paulo (Ciclocidade), a construção de ciclofaixas e ciclovias nas cidades, incentivando o uso das bicicletas, é um a das soluções, mas deve ser mais que isso. “As pessoas precisam entender que a bicicleta é benéfica para a cidade e tem o seu espaço na via pública.”
“Alguns indícios mostram que existe uma tendência de ampliação do uso da bicicleta no centro da cidade por causa do problema da mobilidade, congestionamentos e pela ideia de se ter mais qualidade de vida”, explica Di Pierro.
Mas as cidades brasileiras ainda precisam melhorar sua infraestrutura para receber adeptos do ciclismo. São Paulo, que possui os maiores recordes de congestionamento do país, tem apenas 71 quilômetros de ciclovias (contando ruas e parques), segundo dados da Ciclocidade, atrás do Rio de Janeiro, com 240 km e Curitiba, com 118 km.
Fazendo um comparativo com outras regiões do mundo, somente nos últimos quatro anos, a cidade norte-americana de Nova Iorque construiu mais 450 quilômetros de ciclovias, aumentando sua malha cicloviária para 965 quilômetros.
Amsterdã, capital da Holanda, e Bogotá, capital da Colômbia, possuem cinco vezes mais ciclovias que São Paulo, com uma área seis vezes menor.
O responsável pelo projeto Vá de Bike, William Cruz, que promove a utilização de bicicletas em seu site, coloca que é preciso ter mais opções de vias para o ciclista no Brasil, pois a insegurança é o ponto que mais afasta a população da escolha da bicicleta como meio de transporte.
“A Rede Nossa São Paulo mostrou que a porcentagem de pessoas que usariam bicicleta se fosse mais seguro é bem alta, cerca de 90%. Quer dizer, tem gente que gostaria de usar a bicicleta, mas não tem coragem. Elas acham que a cidade não está preparada. E, em certo ponto, têm razão.”
Para os cicloativistas, é preciso que a administração municipal defenda o compartilhamento das vias públicas. Além da agressividade dos motoristas, que adeptos das bicicletas afirmam ter diminuído muito nos últimos anos, existem outros aspectos que afastam a cultura do uso desse meio de transporte nas metrópoles.
“A falta de estrutura para guardar a bicicleta na cidade, onde nem mesmo os estacionamentos pagos a aceitam, pois afirmam que o seguro não cobre, e uma falha de concepção das pontes da cidade, que servem como alça de acesso em alta velocidade, são problemas para quem quer usar a bicicleta”, explica o William.
Uso de bicicleta ganha cada vez mais força no país
Dados da Associação Nacional dos Transportes Públicos (ANTP) apresentados pela Abraciclo (Associação Brasileira dos Fabricantes de Motocicletas, Ciclomotores, Motonetas, Bicicletas e Similares) mostram que o Brasil tem a segunda maior frota de bicicletas em uso no mundo, 65 milhões de unidades, 17 milhões a menos que veículos automotores.
De acordo com a Abraciclo, o Brasil é o quinto maior mercado mundial de bicicletas, com 5 milhões de unidades produzidas por ano. Outro dado interessante é que 50% das bicicletas são usadas em substituição a veículos automotores, 32% para uso infantil, 17% como forma de lazer e 1% para competição.
“Em São Paulo a gente trabalha com a estimativa de 500 mil viagens de bicicleta por dia. Um número que é mais que o dobro de viagens de táxi. Tem bastante gente usando bicicleta mesmo nas cidades. Acredito que esse número aumente cada vez mais”, finaliza William.
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