sábado, 23 de fevereiro de 2013


ONU diz que derretimento do Ártico tem efeitos globais diretos
Publicação anual da ONU aponta a redução das geleiras como o problema ambiental mais preocupante de 2012

O derretimento recorde do Ártico preocupa os ambientalistas
Foto: Reuters


A região ártica atingiu seu ponto recorde de degelo em setembro de 2012: a cobertura congelada ocupou uma área 18% menor do que em 2007, ano em que havia sido registrada a menor superfície até então. Os 3,4 milhões de quilômetros quadrados representam uma marca 50% inferior que a média das décadas de 1980 e 1990. A situação é apontada com um dos problemas ambientais mais preocupantes pelo décimo relatório anual do Programa das Nações Unidas para o Meio Ambiente (Pnuma), publicado nesta segunda-feira.

O documento trata de outras questões ambientais emergentes, como o crescimento das populações urbanas e a caça de animais selvagens na África. O relatório alerta ainda para a necessidade de uma pesquisa ampla sobre os danos causados pela contaminação química em todo o mundo. “O relatório anual é uma revisão dos principais eventos e desenvolvimentos do ano relacionados ao meio ambiente, mas também é uma forma de apontar as questões emergentes. Também oferecemos uma atualização em importantes indicadores”, explica a coordenadora do documento, Tessa Goverse.

A questão do Ártico é tratada sob uma perspectiva global e ilustra de forma visível os efeitos do aquecimento global. Tessa cita o aumento dos níveis dos oceanos em três milímetros todos os anos como uma relação direta das perdas nas calotas polares. Além disso, a incidência de fenômenos climáticos mais severos tende a aumentar.

O derretimento das geleiras cria uma reação em cadeia, como explica o relatório. As camadas congeladas funcionam como espelhos e refletem cerca de 85% da radiação solar. Com menos área congelada, mais calor é absorvido: as superfícies de águas escuras refletem apenas 10% da radiação e absorvem o restante do calor.

Além disso, as geleiras armazenam grandes quantidades de metano e seu derretimento libera o gás na atmosfera, contribuindo para o efeito estufa. Embora o documento aponte que a região ártica apresente um aquecimento duas vezes superior à media global, a redução na emissão de gases do efeito estufa tem uma relação direta com o problema.



Químicos



O relatório faz ainda uma chamada para combater a poluição química. Dados indicam que o uso de químicos tem se deslocado de países industrializados para nações em processo de desenvolvimento ou países com economia em transição. Entre os efeitos diretos da contaminação por esses agentes estão doenças infecciosas, câncer, doenças cardiovasculares, respiratórias, de pele, neurológicas, disfunções reprodutivas e do sistema imunológico, diz o estudo.

Além do uso direto de químicos, resíduos eletrônicos representam um problema crescente. Embora possam ser em sua maioria reciclados, equipamentos velhos podem liberar substâncias contaminantes altamente nocivas se não receberem o cuidado adequado.

“O ambiente ainda está sob uma pressão muito grande quanto ao uso dos recursos naturais, a degradação de ecossistemas”, avalia Tessa. No entanto, ela aponta sinais positivos e diz que o relatório é um instrumento. “Usamos os dados e evidências científicas que temos sobre o que está acontecendo e quais são os riscos e tentamos preencher as lacunas em diferentes níveis - países, indústria, pesquisa - e apontar os melhores mecanismos para a tomada de decisões que possam possibilitar a solução de problemas ambientais”, explica.



Exemplos positivos


Apesar dos dados alarmantes, o documento apresenta avanços e faz um retrospecto de 2012, com destaque para a conferência Rio+20. “Foi o maior evento para verificar os progressos”, avalia Tessa. Para ela, um exemplo positivo a ser citado é o avanço na proteção da camada de ozônio. Os 25 anos da celebração dos primeiros acordos internacionais nesse sentido são lembrados na abertura do relatório. “Leva tempo, mas é possível”, acredita a coordenadora.

Na sua opinião, existe um esforço consolidado em torno de algumas questões. “Cerca de 90% de todos os países do mundo assinaram algum ou alguns dos maiores tratados internacionais de proteção ambiental”, aponta. Para ela, é preciso o apoio de todos os agentes envolvidos e de todo o mundo para que se possa construir um futuro sustentável.

INPE lança projeto de recomposição da mata nativa



Em uma área de 23,7 hectares do campus do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (INPE), em Cachoeira Paulista, serão plantadas espécies nativas da Mata Atlântica, encontradas nas serras do Mar e da Mantiqueira. É o que prevê o Projeto Mata Nativa, lançado nesta sexta-feira para ser executado em parceria do INPE com a Associação Corredor Ecológico do Vale do Paraíba, uma organização não governamental (ONG).



O coordenador do projeto, Jean Ometto, informou que o plantio será feito pela ONG e caberá ao INPE acompanhar o impacto da nova vegetação sobre o meio ambiente, por meio do monitoramento da formação hidrológica, de nutrientes no solo, e do crescimento das espécies.



O que motivou a iniciativa, segundo ele, foi o levantamento feito em 2008 sobre o quanto o INPE emite de carbono sem uma compensação ao meio ambiente. O cálculo indicou a emissão de 2 mil a 2,5 mil toneladas de carbono por ano. "Nosso propósito, agora, é recompor a biodiversidade nos próximos 20 anos", estimou o cientista.



Com reposição de espécies nativas, a expectativa é que haja também estímulo ao povoamento da fauna, em razão da interação natural na reprodução vegetal e animal, disse Paulo Valadares, secretário executivo da ONG. Entre as 80 diferentes espécies nativas da Mata Atlântica serem plantadas estão o amendoim-bravo, ipê-roxo, paineira, pau-viola, jequitibá-rosa e sangra-d’água.

quinta-feira, 10 de janeiro de 2013

Araraquara conquista 3º lugar no Estado em práticas ambientais 
18/12/2012 


Pelo quarto ano consecutivo, a gestão do prefeito Marcelo Barbieri recebe o Certificado de Município Verde Azul, do Governo Estadual



A cidade de Araraquara subiu no ranking e alcançou o terceiro lugar no Estado de São Paulo pelas boas práticas ambientais. A Prefeitura recebeu, nessa terça-feira (18), o certificado de Município Verde Azul conferido pelo Governo de São Paulo. Os 645 municípios do Estado foram avaliados. Esta é a quarta vez consecutiva que Araraquara é premiada.

O município somou 95,51 pontos, ficando atrás apenas de Botucatu, o primeiro colocado, com 97,26 pontos, e Sorocaba, o 2º, com 97,21 pontos. O resultado mostrou uma grande evolução das ações praticadas pelo governo do prefeito Marcelo Barbieri na área ambiental, pois a cidade saltou 10 posições em comparação ao ano de 2011, quando ficou em 13º lugar.

“Essa nova conquista mostra o excelente trabalho desenvolvido pela nossa administração, que tem políticas ambientais definidas e focadas na busca por uma cidade mais sustentável respeitando o meio ambiente”, ressaltou o prefeito Marcelo, parabenizando o trabalho da equipe do Meio Ambiente. 

Araraquara recebeu o certificado pela primeira vez em 2009, ao final do primeiro ano de governo do prefeito Marcelo, quando a cidade obteve 88,12, na 51ª posição. Em 2010 a cidade ocupou a 25ª posição e obteve 88,97 pontos. Já em 2011, Araraquara subiu para a 13ª posição no ranking estadual, com 93,08 pontos. 



O certificado foi entregue ao deputado estadual Roberto Massafera e ao secretário de Governo Luiz Zaccarelli, que representaram o prefeito Marcelo Barbieri, que não pôde comparecer ao evento, pois estava sendo diplomado pela Justiça Eleitoral. 

O governador Geraldo Alckmin abriu a solenidade, no Palácio dos Bandeirantes, que contemplou 134 municípios com o Certificado Verde e Azul e 19 municípios com o prêmio Franco Montoro. “São Paulo prova que é possível desenvolvimento com preservação ambiental”, resumiu o governador, destacando a importância do Programa Município Verde e Azul, instituído em 2007. 

Para o deputado Roberto Massafera, “Araraquara está de parabéns porque realiza uma excelente política de preservação ambiental, que culminou em todos estes prêmios”. Massafera ressaltou as ações do Governo do Estado, especialmente do secretário de Estado de Meio Ambiente, Bruno Covas.

O Certificado de Município Verde Azul é entregue a cidades que obtêm notas acima de 8 em quesitos ambientais, como esgoto tratado, preservação e recuperação de matas ciliares e proteção de mananciais, entre outros. O programa teve como base as ações ambientais desenvolvidas ao longo de 2012.

Franco Montoro

Araraquara também obteve, pela terceira vez, o prêmio Franco Montoro, com a melhor colocação no ranking dos municípios que pertencem à Bacia Hidrográfica do Tietê-Jacaré. 

Esse prêmio considera as políticas ambientais desenvolvidas nos municípios para preservação da Bacia, como o realizado em Araraquara com a recuperação dos mananciais do Tanquinho, Chácara Flora, Córrego do Vieira, Água Branca e Ribeirão das Cruzes.


 
Superação

O secretário do Meio Ambiente, José dos Reis Santos Filho, destacou o trabalho de fiscalização e de concessão de licenças ambientais, como rezam as normas Estadual e Federal, além das ações cotidianas em relação às nascentes e matas ciliares, a manutenção e o aumento nos índices de arborização e as melhorias em relação ao tratamento de esgotos, junto com o Daae (Departamento Autônomo de Água e Esgotos).  Para o secretário, o certificado é reflexo de uma administração séria, que se preocupa com as questões do Meio Ambiente. 

De 2009 a 2012, o índice de área verde por habitante em Araraquara passou de 34m² para 64m², números bem acima do mínimo recomendado pela ONU (Organização das Nações Unidas), que é 12m² por habitante. 

Outras ações da Prefeitura nos últimos quatro anos contribuíram para a conquista de todos estes prêmios. Como exemplos, a inauguração do Sistema de Tratamento do Lodo da Estação de Tratamento de Esgotos do Daae, a revitalização do Ribeirão das Cruzes, a recuperação da nascente do Córrego Água Branca e a rearborização do Bosque do Botânico.

Pontuação

2009: 51ª posição com 88,12 pontos
2010: 25ª posição com 88,97 pontos
2011: 13ª posição com 93,08 pontos
2012: 3ª posição com 95,51 pontos